Cuidar de um condomínio é uma tarefa trabalhosa, pois envolve responsabilidade com o patrimônio e com a vida dos condôminos. E para evitar prejuízos materiais e contra a vida das pessoas, realizar a manutenção preventiva em condomínios é fundamental, sendo de total responsabilidade do síndico.
Neste artigo, você vai entender quais os tipos de manutenções a serem realizadas no condomínio, por que realizar a manutenção preventiva e em quais áreas dentro do empreendimento deve ter atenção especial quanto à manutenção. Acompanhe a leitura!
Quais os tipos de manutenção que podem ser feitas em um condomínio?
O condomínio, seja ele residencial ou comercial, precisa de manutenção constante devido à grande circulação de pessoas, instalações específicas ou até mesmo devido ao tempo em que foi construído. É de total responsabilidade do síndico prestar atenção em cada parte do condomínio sujeita a sofrer danos, para que prejuízos sejam evitados.
Quando se trata de manutenção condominial, existem três tipos: a manutenção corretiva, a manutenção preditiva e a manutenção preventiva. A manutenção corretiva tem por objetivo reparar problemas que já surgiram, como vazamentos hidráulicos ou na estrutura, reparo de rachaduras em paredes ou pisos, substituição de peças em elevadores, sistemas elétricos ou motor de portão eletrônico.
A manutenção preditiva é mais avançada e utiliza monitoramento e análise de dados para prever falhas antes que elas aconteçam. Esse tipo de manutenção envolve sensores, equipamentos, sistemas e monitoramento para detectar anomalias e análise de dados para identificar padrões e prever problemas potenciais.
Por fim, a manutenção preventiva, que é o foco desse artigo, é crucial para evitar problemas futuros e manter o bom funcionamento do condomínio. Ela envolve ações como inspeções periódicas e verificação de equipamentos, estrutura e instalações para identificar potenciais problemas.
Envolve também a limpeza e higienização de caixas d’água, sistemas de ventilação e áreas comuns, e serviços como pintura, impermeabilização, revisão de elevadores e demais equipamentos.
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Quais as vantagens e a importância da manutenção preventiva em condomínios?
Aquele ditado famoso que diz “melhor prevenir do que remediar” nunca teve tanto sentido quanto com relação à administração condominial. A manutenção preventiva em condomínios possui inúmeras vantagens, além de evitar grandes prejuízos patrimoniais e evitar riscos à vida das pessoas.
Um dos benefícios da manutenção preventiva em condomínios é a prevenção de falhas, que permite a redução do risco de problemas maiores e acidentes.
Ter um plano de manutenção preventiva permite mais vida útil para os equipamentos, prolongando a utilidade de elevadores, bombas, sistemas elétricos, motores de portões, caixa d’água, para-raios e outros equipamentos.
Outro fator que é beneficiado pela manutenção preventiva é a economia a longo prazo, já que os custos de prevenção são menores do que com reparos corretivos e emergências.
Manter o condomínio com as manutenções em dia também proporciona segurança e conforto, dispondo de ambientes mais seguros e agradáveis para os condôminos, além da valorização do imóvel, já que um condomínio bem cuidado tem maior valor de mercado.
Exemplos e periodicidade de realização da manutenção preventiva nos condomínios
A manutenção preventiva em condomínios é crucial para garantir a segurança, o conforto e a economia dos moradores. Ela deve ser realizada de forma programada e periódica, seguindo as normas técnicas e as recomendações dos fabricantes dos equipamentos.
A frequência das manutenções deve seguir as exigências específicas de cada equipamento, principalmente quando descrito em leis ou normas, como nos exemplos a seguir:
- Elevadores: inspeção mensal e vistoria anual obrigatórias pelo Corpo de Bombeiros. Neste caso, os itens a serem inspecionados incluem lubrificação, regulagem das portas, verificação dos freios e outros componentes, além da avaliação completa do funcionamento e segurança do elevador.
- Portões automáticos: inspeção semestral obrigatória envolvendo a verificação do funcionamento dos motores, sensores, travas e outros componentes. Envolve também a verificação da lubrificação, ajustes e reparos menores.
- Sistema de combate a incêndio: inspeção anual obrigatória e avaliação completa do sistema, incluindo bombas, sprinklers, alarmes e extintores. Deve ser inspecionado também os equipamentos, recarga dos extintores e limpeza das tubulações.
Quanto a itens sem prazos específicos, a frequência das manutenções varia de acordo com o tipo de item, o seu estado de conservação e as condições de uso. Abaixo, seguem alguns exemplos de periodicidade de acordo com o tipo de instalação ou equipamento:
- Instalações elétricas: inspeção a cada 1 ou 2 anos das fiações, tomadas, interruptores, quadros de luz e outros componentes. Já os reparos em fiações danificadas, troca de lâmpadas queimadas e limpeza dos quadros de luz devem ser feitos regularmente.
- Impermeabilização: revisão a cada 5 anos, em média, de itens como calhas, telhados, lajes e outros pontos de possíveis infiltrações.
- Pintura: repintura a cada 3 a 5 anos, em média, das fachadas, áreas comuns e garagens. Deve ser realizada a raspagem de tinta velha, aplicação de fundo e pintura com tinta de qualidade.
- Áreas comuns: inspeções frequentes para identificar rachaduras, infiltrações e outros problemas, com reparos imediatos dos problemas encontrados.
- Piscinas: a manutenção preventiva das piscinas envolve a análise da qualidade da água diariamente, com a verificação do pH, cloro e outros parâmetros químicos. Envolve também a limpeza da piscina e dos filtros regularmente e a manutenção preventiva dos equipamentos da piscina, como bombas e filtros.
Como realizar a manutenção preventiva em condomínios?
Para realizar a manutenção preventiva em condomínios, é preciso que o síndico faça um plano detalhado, contendo todos os equipamentos e locais que precisam da manutenção, quais as ações a serem tomadas, fornecedores, entre outros detalhes.
No caso de condomínios mais recentes, as construtoras são obrigadas a fornecerem o manual de uso, operação e manutenção, que é um documento onde a construtora responsável pelo desenvolvimento do empreendimento informa ao cliente ou o síndico de como utilizar e manter o imóvel.
Esse manual tornou-se uma obrigatoriedade e a Norma 5674 estabelece como deve ser feito esse manual; ou seja, as informações devem ser prestadas de forma clara e didática, constando todos os materiais e sistemas que foram utilizados na obra, para que o condomínio ou o proprietário do imóvel consigo usar e realizar as manutenções de forma correta.
Veja como montar um plano de ação de manutenção preventiva:
Avaliação Profissional
Contrate um engenheiro ou arquiteto para realizar uma avaliação completa do condomínio.
Essa avaliação deve ser em equipamentos, como elevadores, portões e/ou portas eletrônicas, para-raios, e em instalações, como na estrutura, caixa d’água, sistema de gás, água e eletricidade, paredes, vigas, piscinas e demais estruturas.
É importante que os profissionais que forem fazer a avaliação possuam registro profissional e experiência neste tipo de avaliação, para que não haja negligência e/ou falhas na vistoria. Lembre-se: é o patrimônio e vidas que estão em jogo, então todo cuidado é fundamental.
Plano Detalhado
Após a avaliação profissional, deve ser elaborado um plano com base na avaliação, incluindo os itens a serem inspecionados ou reparados, periodicidade das manutenções e a estimativa de custos.
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Orçamento Anual
O síndico deve reservar uma verba no orçamento anual para cobrir as despesas com manutenção. Essa verba deve constar na previsão orçamentária e ser esclarecida para os condôminos.
Comunicação transparente
O síndico deve manter os condôminos informados sobre as ações de manutenção preventiva, custos e benefícios. A sugestão é ter disponível um calendário com as manutenções preventivas a serem realizadas, para que os condôminos fiquem cientes dessas ações e se sintam seguros ao saberem que a administração do condomínio se procura em manter o empreendimento em ordem.
Dicas adicionais para a realização da manutenção preventiva
Além de todos os passos citados nesse artigo, a manutenção preventiva possui pontos adicionais para que seja realizada com sucesso.
Um fator de importância é poder contar com profissionais qualificados. O síndico deve contratar empresas e profissionais de confiança, experientes e certificados, para garantir a excelência nos serviços prestados.
Se o síndico ainda não possui esses contatos de confiança, é importante realizar licitações para obter orçamentos de diferentes empresas e fazer uma análise criteriosa, para garantir os melhores preços sem perder a qualidade dos serviços prestados. Vale lembrar que o mais barato, muitas vezes, pode sair caro.
O que também contribui para o respeito à periodicidade da manutenção preventiva é incentivar no condomínio uma cultura de prevenção na comunidade. Para isso, o síndico precisa estar bem informado sobre a importância de cada manutenção, e então explicar aos moradores detalhes sobre a necessidade de cada ação dentro do condomínio. Esse cuidado com a comunicação clara e simplificada, e o ato de engajar todos nos acontecimentos do condomínio, poderá melhorar a aceitação dos condôminos, pois conscientiza sobre a importância da manutenção preventiva.
Por fim, a utilização da tecnologia pode facilitar muito a gestão das manutenções, tanto para o síndico quando para a equipe do condomínio. Sistemas como o TownSq permitem acompanhamento, visualização de histórico, organização e alertas sobre as próximas manutenções.
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