Assessoria jurídica para condomínios: por que contratar?

Assessoria jurídica para condomínios: por que contratar?

Na busca por uma convivência harmoniosa e eficiente no condomínio, ter um advogado condominial emerge como um alicerce essencial. 

Neste post, exploraremos porque a contratação de uma assessoria jurídica pode ser a chave para evitar dores de cabeça legais, garantir a conformidade com as leis condominiais e promover a tranquilidade tão almejada em um ambiente compartilhado. 

Descubra como a assessoria jurídica pode ser a sua aliada na gestão condominial, fornecendo insights valiosos e protegendo os interesses coletivos. Continue lendo! 

Qual advogado que cuida de condomínio? 

O advogado que cuida de questões relacionadas a condomínios é conhecido como “advogado condominial” ou “advogado de direito condominial”. 

Esse profissional possui expertise nas leis, normas e regulamentos específicos que envolvem a administração e convivência em condomínios. 

Quando um condomínio enfrenta desafios legais, como inadimplência, disputas entre condôminos, elaboração ou revisão de documentos jurídicos (como regimento interno e convenção), entre outros, o advogado condominial é o especialista que oferece suporte e representação legal. 

Ao contratar um advogado condominial, os síndicos, conselhos fiscais e condôminos buscam assegurar que as ações do condomínio estejam em conformidade com a legislação e que haja orientação especializada para prevenir e resolver questões jurídicas no contexto condominial. 

Precisa de advogado para condomínio? 

Sim, a presença de um advogado especializado em direito condominial é geralmente recomendada para condomínios. 

Esse profissional desempenha um papel crucial na prevenção de conflitos, na orientação legal e na resolução de questões específicas que podem surgir na gestão condominial. 

O que um advogado condominial faz? 

O advogado condominial é um profissional especializado em direito condominial, que engloba as leis, normas e regulamentos relacionados à gestão de condomínios. 

Seu papel vai muito além de simplesmente representar o condomínio em questões jurídicas; ele atua como um conselheiro legal, orientando síndicos, conselhos fiscais e condôminos sobre os aspectos legais que envolvem a vida em condomínio. 

Qual a função de um advogado de condomínio? 

  • Elaboração e revisão de documentos jurídicos. 
  • Contratos de prestação de serviços; 
  • Cobrança judicial e extrajudicial; 
  • Gerenciamento de inadimplências; 
  • Propositura de ações judiciais quando necessário; 
  • Resolução amigável de disputas entre condôminos; 
  • Intermediação em assembleias; 
  • Assessoria em questões trabalhistas; 
  • Ações de responsabilidade civil, em casos de danos causados por condôminos ou funcionários; 
  • Representação legal do condomínio em ações judiciais. 

Quem paga o advogado do condomínio? 

Normalmente, as despesas com o advogado do condomínio são rateadas entre os condôminos.  

Esses custos fazem parte das despesas ordinárias do condomínio, que englobam os gastos necessários para a manutenção e administração geral do prédio. 

Isso inclui, por exemplo, serviços como limpeza, segurança, manutenção de áreas comuns e despesas jurídicas, como honorários advocatícios. 

A forma como esses custos são distribuídos entre os condôminos geralmente é estabelecida na convenção do condomínio. 

Em muitos casos, a divisão é feita de acordo com a fração ideal de cada unidade, mas podem existir variações dependendo das regras específicas do condomínio. 

É importante que os condôminos estejam cientes de como são distribuídas as despesas, incluindo os honorários advocatícios, para evitar mal-entendidos e garantir a transparência na gestão condominial. 

Quem responde judicialmente pelo condomínio? 

O representante legal do condomínio é o síndico. Em decorrência dessa responsabilidade, é possível que o síndico seja alvo de ações judiciais em nome do condomínio, sendo relativamente comum o ajuizamento de ações de indenização contra ele. 

Portanto, ele pode, quando necessário, contar com o suporte de um advogado condominial para auxiliá-lo em questões jurídicas específicas. 

É importante observar que a convenção do condomínio pode estabelecer regras específicas sobre a representação legal e as responsabilidades do síndico, por isso é fundamental estar ciente dessas normas ao lidar com questões judiciais relacionadas ao condomínio.

Este artigo ajudou você? Aproveite para conferir também o passo a passo para criar uma régua de cobrança no condomínio. Boa leitura!

O que o síndico pode fazer sem a aprovação da assembleia? Veja aqui

O que o síndico pode fazer sem a aprovação da assembleia? Veja aqui

O papel do síndico é crucial na administração condominial, mas quais são suas atribuições sem depender da aprovação da assembleia? 

Descubra neste post as ações que o síndico pode realizar autonomamente, desde manutenções emergenciais até questões administrativas. 

Conheça os limites e as possibilidades que envolvem o cotidiano do síndico, proporcionando uma gestão eficaz e alinhada às necessidades do condomínio. Veja a seguir! 

5 coisas que o síndico pode fazer sem a aprovação da assembleia 

#01: Gestão de funcionários 

  • Demissões: O síndico tem autonomia para demitir funcionários, desde que não impacte negativamente as finanças do condomínio. Em casos de rescisões elevadas, a decisão pode ir à votação em assembleia; 
  • Contratações: A contratação de pessoal segue a mesma lógica. Se os custos excederem a previsão orçamentária, ou se recursos de outras fontes forem necessários, a convocação da assembleia é imprescindível. 

#02: Cobrança de inadimplentes 

O síndico pode cobrar devedores de maneira amigável, mas a contratação de uma empresa especializada em cobrança também é viável, podendo ser: 

  • Garantida: com taxa aprovada em assembleia; 
  • Extrajudicial: sem custo para o condomínio e sem necessidade de aprovação em assembleia. 

#03: Transparência nas finanças 

O síndico pode compartilhar o número de unidades inadimplentes, mantendo a privacidade dos moradores. 

#04: Aplicação de penalidades 

O síndico, seguindo o que está previsto na convenção, pode aplicar advertências e multas a moradores que desrespeitem as regras do condomínio. 

#05: Obras emergenciais 

Em situações críticas, como vazamentos graves, o síndico pode executar obras emergenciais. 

Se os custos forem elevados, a convocação de assembleia para prestar contas é necessária. 

#06: Acesso a unidades em casos de urgência 

Em situações de emergência (vazamentos, fumaça, pedidos de ajuda), o síndico pode adentrar unidades, agindo rapidamente. 

É sempre recomendável esperar ajuda profissional, mas a ação imediata pode ser crucial. 

#07: Mediação de conflitos 

O síndico pode mediar conflitos entre moradores, desde que isso não afete sua imparcialidade necessária para uma mediação eficaz.

Este artigo foi útil para você? Veja também qual o quórum necessário para cada situação no condomínio e prepare-se para a próxima reunião de assembleia. Boa leitura!

Assembleia geral de instalação do condomínio: o que é e quando ocorre?

Assembleia geral de instalação do condomínio: o que é e quando ocorre?

A criação de um condomínio edilício marca não apenas a entrega de imóveis, mas também o nascimento de uma comunidade. A assembleia geral de instalação é o ponto inaugural desse processo, representando a primeira reunião dos condôminos. 

Nesse momento crucial, a formalização da entrega das unidades, a eleição do síndico e a definição das diretrizes que nortearão a gestão do condomínio tornam-se protagonistas.  

Este artigo explora em detalhes o papel e os procedimentos que envolvem a assembleia de instalação, delineando seu impacto na consolidação e administração de um condomínio. Continue lendo! 

Antes de tudo, o que é uma Assembleia Geral de Instalação de condomínio? 

A assembleia geral de instalação em condomínios, também conhecida como AGI, representa um marco crucial no processo de constituição de um condomínio edilício. 

Esta reunião inaugural, geralmente convocada pela incorporadora/construtora, tem como propósito formalizar o término das obras e planejar a entrega das unidades autônomas e áreas comuns aos futuros proprietários.

Ao contrário de outras assembleias gerais, a de instalação possui particularidades no que diz respeito à sua convocação e finalidades. 

Primeiro, o Código Civil não estabelece uma forma ou momento específico para a sua realização. 

A ausência do registro da incorporação imobiliária exige a adoção do rito estabelecido pelo Código de Normas do estado, que, em geral, demanda: 

  • a ata da assembleia geral com a eleição do síndico; 
  • a convenção do condomínio; 
  • outros atos válidos como a averbação da construção, o habite-se; 
  • e o registro de incorporação. 

Antes da promulgação da Lei 14.382/2022, as diferenças terminológicas entre os estados brasileiros geravam debates sobre o momento exato da instituição do condomínio na incorporação imobiliária. 

Em Minas Gerais, por exemplo, o entendimento era de que o condomínio já existia no momento do registro em cartório dos memoriais de instituição e incorporação imobiliária, enquanto em São Paulo, prevalecia a necessidade da averbação do “habite-se”. 

Com a mencionada lei, que inseriu o § 1º-A ao artigo 32 da Lei 4.591/64, consolidou-se nacionalmente o entendimento de Minas Gerais, considerando a instituição do condomínio desde o registro do memorial em cartório. 

A assembleia de instalação, portanto, torna-se essencial para conferir vida e gestão próprias ao condomínio edilício. 

As pautas obrigatórias dessa assembleia incluem a ratificação da convenção de condomínio e a eleição do primeiro síndico, subsíndico, conselho fiscal, além de outras funções administrativas. 

A incorporadora pode, ainda, apresentar uma previsão orçamentária para os primeiros meses e sugerir o valor da taxa de condomínio. 

É importante destacar que a realização da assembleia de instalação não depende da expedição do “habite-se” ou do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), pois o ato em si não implica necessariamente a entrega das áreas comuns ou a permissão para habitação do prédio. 

Contudo, a ausência de previsão de entrega das unidades pode gerar recusas por parte dos condôminos, considerando que a instalação do condomínio implica em despesas próprias, mesmo antes da posse das unidades pelos proprietários. 

Como funciona uma Assembleia Geral de Instalação de condomínio na prática? 

Em uma AGI, as ações vão além da entrega simbólica de chaves, abrangendo a eleição do síndico, a ratificação da convenção de condomínio e a definição das bases que regerão a vida coletiva. 

Veja, passo a passo, como essa assembleia se desdobra na prática, destacando os elementos essenciais que moldam o início da jornada condominial e como os condôminos participam ativamente na construção da comunidade. 

Primeiro passo: Convocação da primeira reunião de assembleia 

A convocação da primeira reunião de assembleia é de responsabilidade da construtora/incorporadora, já que ainda não há síndico. 

Todos os condôminos, incluindo os promissários compradores não quitados, devem ser convocados por carta, que pode ser enviada por e-mail ou não. 

Segundo passo: Quórum e aprovação da Convenção do Condomínio 

De acordo com a legislação, na AGI as decisões exigem a maioria dos votos dos condôminos presentes, representando pelo menos metade das unidades. 

A segunda convocação pode acontecer, caso o quórum não seja alcançado na primeira, decidindo-se pela maioria dos votos presentes. 

Terceiro passo: Eleição do síndico, subsíndico e conselho fiscal 

A eleição do síndico é ponto crucial na assembleia geral de instalação, sendo escolhido por maioria simples ou o quórum que a Convenção do Condomínio definir. 

O mandato pode ser de até 2 anos, com possibilidade de reeleição, a menos que a convenção proíba. 

O subsíndico e membros de conselhos administrativos, fiscais e de obras também podem ser eleitos conforme previsto na convenção. 

Quarto passo: Ratificação da convenção de condomínio 

A convenção do condomínio, registrada previamente, não requer aprovação, apenas ratificação e deliberação do texto. 

Possíveis alterações exigem quórum de dois terços dos condôminos. 

Quinto passo: Previsão orçamentária e taxa de condomínio 

Embora não obrigatórios, incluir esses temas na pauta é recomendável, pois o condomínio terá despesas próprias após a instalação. 

No Brasil, é comum utilizar o método de rateio por fração ideal para distribuir as despesas condominiais, embora seja raro optar por outras formas. 

O Código Civil estabelece claramente que a cobrança das cotas (conforme o art. 1334, inciso I) segue o que está especificado na Convenção de Condomínio. 

Caso seja necessário, a incorporadora/construtora pode apresentar uma planilha orçamentária para uma análise detalhada. 

Essa planilha, que abrange contratos, despesas com funcionários, laudos de engenharia, entre outros itens, proporciona uma visão clara dos custos envolvidos na administração do condomínio e justifica o valor da taxa condominial. 

Sexto passo: Abertura de CNPJ do condomínio 

Embora não possua personalidade jurídica, um condomínio necessita de uma inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) para desempenhar diversas atividades essenciais. 

Essa inscrição permite que o condomínio: 

  • seja titular de uma conta bancária; 
  • contrate funcionários; 
  • firme contratos; 
  • e realize outras operações necessárias para sua administração. 

A obtenção do CNPJ pode ocorrer logo após o registro da incorporação, mas é crucial compreender que, a partir desse momento, o condomínio adquire despesas próprias. Despesas como serviços de contabilidade, por exemplo, geralmente seriam custeadas pela incorporadora até a entrega das unidades aos condôminos. 

Por essa razão, aconselha-se realizar a abertura do CNPJ imediatamente após a instalação do condomínio. 

Esse momento marca o início das operações efetivas do condomínio, proporcionando uma previsão de receitas que justifica e viabiliza a gestão independente de suas obrigações e atividades. 

Sétimo passo: Orientação do primeiro síndico 

O síndico recém-eleito pode carecer de experiência. Com exceção dos casos, nos quais os condôminos decidem a contratação de um síndico profissional imediatamente. 

No primeiro cenário, é vital que a incorporadora forneça orientações sobre temas como abertura de CNPJ, conta bancária, orçamento e manutenção das áreas comuns. 

Bônus: Assembleia virtual de instalação de condomínio 

A Lei 14.309/2022 formalizou a realização de assembleias condominiais de forma eletrônica, uma prática já adotada por muitos condomínios. 

Isso foi incorporado ao Código Civil por meio do artigo 1.354-A, que estabelece as condições para essa modalidade: 

Art. 1.354-A. A convocação, a realização e a deliberação de quaisquer modalidades de assembleia poderão dar-se de forma eletrônica, desde que: 

I – tal possibilidade não seja vedada na convenção de condomínio; 

II – sejam preservados aos condôminos os direitos de voz, de debate e de voto. 

A legislação também estabelece outras regras para a assembleia eletrônica, incluindo a opção de realização de forma híbrida, permitindo a participação tanto presencial quanto virtual dos condôminos. 

Essa alternativa oferece uma maneira mais acessível e conveniente para todos os compradores participarem da assembleia de instalação, adaptando-se à dinâmica moderna e às necessidades variadas dos condôminos. 

A importância da assessoria jurídica durante a instalação do novo condomínio 

Frequentemente, os condôminos são novos proprietários, vivenciando pela primeira vez a aquisição de um imóvel próprio e a participação na instalação de um condomínio. É compreensível que, diante desse contexto, surjam diversas dúvidas ao longo da assembleia. 

Embora muitas respostas já estejam no domínio das incorporadoras, devido à sua experiência no setor, contar com uma assessoria jurídica nesta fase é benéfico. 

A presença de um advogado especializado durante a assembleia de instalação não apenas reflete cuidado e atenção com os condôminos, mas também simplifica significativamente a condução da reunião. 

Veja algumas das principais vantagens:

Garantia de conformidade legal

A assessoria jurídica especializada assegura que todos os procedimentos relacionados à entrega do condomínio estejam em estrita conformidade com a legislação vigente. 

Isso inclui a revisão de documentos, contratos e a verificação de requisitos legais essenciais.

Elaboração e revisão de documentação

A redação e revisão de documentos legais, tais como termos de entrega, regulamentos internos e outros instrumentos jurídicos, são atividades cruciais. 

Uma assessoria especializada garante a clareza, validade e abrangência desses documentos.

Resolução de impasses e litígios

Caso surjam disputas ou impasses durante o processo de entrega, a assessoria jurídica atua como mediadora e busca soluções amigáveis. 

Essa abordagem previne litígios prolongados e contribui para a preservação de relações saudáveis entre as partes envolvidas.

Proteção dos interesses do condomínio

A assessoria jurídica trabalha ativamente para proteger os interesses do condomínio, garantindo que cláusulas contratuais sejam cumpridas e que os direitos dos condôminos sejam preservados.

Adaptação às mudanças legislativas

O cenário legal está em constante evolução. 

Uma assessoria especializada acompanha as mudanças legislativas pertinentes ao setor imobiliário, assegurando que o condomínio esteja sempre em conformidade com novas regulamentações.

Orientação estratégica

Além de atuar nas questões legais imediatas, a assessoria jurídica oferece orientação estratégica para enfrentar desafios potenciais. Isso inclui a antecipação de possíveis obstáculos e a implementação de medidas preventivas.

Este artigo foi útil para você? Aproveite para conferir também o que é e como funciona uma reunião de assembleia geral ordinária. Boa leitura!

O que fazer se nenhum síndico se candidatar? Confira aqui quais outras opções tomar

O que fazer se nenhum síndico se candidatar? Confira aqui quais outras opções tomar

Não ter um candidato durante uma eleição para síndico de condomínio, pode ser um desafio inesperado. 

A gestão condominial é crucial para manter a harmonia e bem-estar da comunidade, mas encontrar alguém disposto a assumir esse papel, às vezes, pode ser um obstáculo. 

Então, o que fazer se nenhum síndico se candidatar? 

Neste post, vamos explorar cada opção existente para lidar com essa situação, garantindo que a gestão do seu condomínio permaneça sólida, mesmo quando houver problemas como este. Continue lendo! 

O que fazer se nenhum síndico se candidatar? Veja 5 opções 

#01: Forneça incentivos 

Alguns condomínios optam por fornecer incentivos, como a redução ou isenção dos encargos condominiais ou uma remuneração, para aqueles que se dispõem a assumir o papel de síndico. 

Essa abordagem serve, principalmente, como um estímulo tangível para encorajar a participação ativa na administração do condomínio. 

No entanto, é crucial observar que qualquer forma de incentivo ou remuneração deve estar estritamente em conformidade com a Convenção Condominial. 

Essas práticas precisam ser devidamente regulamentadas, garantindo transparência e legalidade. 

A Convenção pode conter cláusulas específicas que permitem ou proíbem essas práticas, e é fundamental respeitar essas diretrizes. 

Caso a Convenção não contemple esses aspectos ou seja necessário ajustá-la para refletir novas medidas, uma assembleia condominial deve ser convocada para deliberar e, se necessário, alterar legalmente esses termos. 

Dessa forma, ao considerar incentivos para estimular candidaturas a síndico, a comunidade não apenas promove a participação ativa, mas também assegura que todas as práticas estejam alinhadas com os regulamentos estabelecidos, garantindo uma gestão condominial sólida e transparente. 

#02: Faça um rodízio entre os membros do Conselho Fiscal 

Uma outra alternativa para lidar com a ausência de candidatos a síndico é implementar um rodízio entre os membros do Conselho Fiscal. 

De acordo com o Código Civil (Art. 1.356), é permitida a existência de um conselho fiscal composto por três membros, eleitos pela assembleia, com um mandato que não ultrapassa dois anos. 

A principal responsabilidade desse conselho é emitir parecer sobre as contas do síndico.

O rodízio entre os conselheiros fiscais oferece uma solução prática e democrática.

Os membros podem se revezar na função de síndico, garantindo que sempre haja alguém legalmente designado para responder pelo condomínio.

Essa abordagem não apenas distribui as responsabilidades, mas também proporciona uma oportunidade para que diferentes moradores assumam papéis de liderança, promovendo a diversidade de perspectivas e experiências na gestão condominial.

É importante ressaltar que, para implementar esse rodízio, é necessário assegurar que a Convenção Condominial esteja em conformidade com essa prática.

Caso a Convenção não preveja essa possibilidade, uma assembleia condominial pode ser convocada para deliberar e, se necessário, realizar alterações. 

#03: Contrate de síndico profissional 

Quando a busca por um síndico entre os moradores se mostra infrutífera, a contratação de um síndico profissional surge como uma alternativa sólida e eficaz. 

A legislação condominial permite essa prática, oferecendo uma solução prática para comunidades que enfrentam a escassez de candidatos dispostos a assumir a posição de liderança, além de uma série de benefícios. 

Primeiramente, esse profissional possui experiência e expertise na administração condominial, o que pode resultar em uma gestão mais eficiente e focada. 

Além disso, a responsabilidade por questões burocráticas, financeiras e operacionais é transferida para mãos especializadas, aliviando os moradores dessas tarefas complexas. 

Antes de tomar essa decisão, é crucial que a comunidade condominial avalie as finanças disponíveis, pois a contratação de um síndico profissional envolve custos. 

No entanto, muitas vezes, esse investimento é justificável pelos benefícios a longo prazo, especialmente quando comparado à falta de liderança e às possíveis consequências de uma administração inadequada. 

#04: Transfira as funções de síndico para a administradora 

Essa abordagem permite que o condomínio conte com uma equipe profissional para gerenciar todas as responsabilidades administrativas, operacionais e financeiras. 

A contratação de uma administradora oferece diversos benefícios. 

Em primeiro lugar, ela assume a responsabilidade por tarefas complexas, como a gestão financeira, cobrança de taxas, manutenção predial e contratação de serviços. 

Isso alivia os moradores do ônus de lidar diretamente com essas questões, permitindo que foquem em desfrutar de um ambiente condominial harmonioso. 

Antes de realizar a transferência das funções, é essencial revisar a Convenção Condominial para garantir que a mudança seja devidamente regulamentada. 

É importante destacar que, embora a transferência de funções para uma administradora simplifique a gestão, a comunicação transparente entre a administradora e os moradores é fundamental. 

A criação de canais eficientes de comunicação assegura que os residentes estejam informados e participem ativamente das decisões que impactam o condomínio. 

#05: Leve o caso para indicação judicial 

Conforme estabelecido pelo artigo 27 da Lei de Condomínio (4.591/64), se não houver uma assembleia geral para eleição de um novo síndico e nenhuma decisão é tomada após as opções anteriormente apresentadas, a designação do representante legal do condomínio passa a ser responsabilidade do judiciário: 

“Se a assembleia não se reunir para exercer qualquer dos poderes que lhe competem, quinze dias após o pedido de convocação, o juiz decidirá a respeito, mediante requerimento dos interessados.” 

Nesses casos, o judiciário pode indicar um síndico ad hoc, designado especificamente para essa função, ou um síndico pro tempore, temporário, até que a situação seja regularizada.  

Embora essa seja uma solução legal, é importante destacar que a nomeação judicial pode acarretar desafios. 

A principal preocupação reside na possibilidade de um síndico pouco experiente ou descomprometido com o bem comum do condomínio ser indicado. Isso representa um risco para a estrutura do edifício e para o bem-estar dos condôminos. 

Portanto, é fundamental que os moradores estejam atentos a esse processo e, se possível, participem ativamente, fornecendo informações relevantes ao judiciário para assegurar a escolha de um representante qualificado. 

A indicação judicial deve ser encarada como último recurso, sendo preferível que a comunidade condominial busque soluções internas antes de recorrer ao judiciário. 

A cooperação entre os moradores e a busca por alternativas mais amigáveis são sempre recomendadas para manter a estabilidade e a harmonia no condomínio.

Este artigo ajudou você? Aproveite para conferir o nosso guia completo do síndico profissional. Boa leitura!

O candidato a síndico pode votar nele mesmo? Entenda tudo sobre a eleição condominial

O candidato a síndico pode votar nele mesmo? Entenda tudo sobre a eleição condominial

A eleição de síndico em condomínios muitas vezes se torna um verdadeiro quebra-cabeça de dúvidas e questionamentos. Uma das perguntas mais comuns é: o candidato a síndico pode votar em si mesmo? 

Para desmistificar esse enigma e trazer clareza ao processo eleitoral condominial, vamos explorar todos os aspectos dessa questão neste artigo. 

Descubra aqui as nuances que envolvem o direito de voto do próprio candidato e as regras que regem esse importante momento na vida do condomínio. Continue lendo!

O candidato a síndico pode votar nele mesmo durante uma eleição? 

Se você é um candidato a síndico que também é proprietário de uma unidade ou a representa como inquilino na ausência do proprietário, saiba que é permitido votar em si mesmo. 

Afinal, ao concorrer ao cargo, você está, de fato, representando uma unidade. Essa é uma prerrogativa válida para inquilinos que desejam participar ativamente no processo de eleição. 

O que fazer em caso de empate entre os candidatos? 

Em situações de empate entre dois ou mais candidatos a síndico, é crucial verificar se a convenção do condomínio prevê uma solução para esse impasse. Caso contrário, a recomendação é convocar uma nova assembleia. 

Se o empate ocorrer apenas entre os dois primeiros candidatos e a convenção não especificar um desfecho, a assembleia pode decidir por uma nova votação entre esses dois candidatos. 

Os votos dos apoiadores de outros candidatos poderiam desempatar a situação, dando flexibilidade à decisão da assembleia. 

O inadimplente pode votar na eleição de síndico? 

É importante ressaltar que é vetado ao inadimplente participar das assembleias, mesmo que a inadimplência seja relacionada a multas. 

Se a multa não foi paga, o condômino não está apto a exercer o direito de voto. Essa restrição visa garantir a regularidade financeira dos participantes nas deliberações condominiais. 

Esteja ciente dessas considerações cruciais para garantir um processo eleitoral transparente e alinhado com as normas do condomínio. Em caso de dúvidas, sempre consulte a convenção condominial para orientações específicas sobre eleições e demais procedimentos. 

Quem pode se candidatar a síndico de condomínio? 

A resposta para essa pergunta depende de alguns fatores.  

De acordo com o artigo 1.347 do Código Civil, a assembleia do condomínio escolherá um síndico, que não necessariamente precisa ser condômino, para administrar o condomínio por até dois anos, com possibilidade de renovação.  

Apesar da liberdade geral, as convenções de condomínio podem impor condições específicas para candidatos a síndico, que podem incluir: 

  • ser proprietário; 
  • ser proprietário e residente no condomínio; 
  • ou, no caso de síndicos profissionais, ser pessoa jurídica; 
  • entre outros requisitos. 

Essas restrições são possíveis e válidas, desde que tenham sido deliberadas e aprovadas corretamente, constando expressamente na convenção com o quórum qualificado específico.  

Se a convenção não impuser condições, qualquer pessoa, física ou jurídica, pode ser eleita síndico, incluindo inquilinos ou possuidores. 

No entanto, para inquilinos concorrerem, eles precisam ter poderes de representação conferidos pelo condômino, permitindo a sua participação na assembleia com direito a voto e elegibilidade. 

Aproveite para ler também: O inquilino pode ser síndico do condomínio? 

Um síndico pode ser reeleito quantas vezes? 

Antigamente, a lei de condomínios (lei nº 4.591/64) era a referência para essas questões, mas com a entrada em vigor do Código Civil de 2002, essa responsabilidade foi transferida para esse novo código. 

Agora, a convenção do condomínio ganha destaque, permitindo que os condôminos decidam se a reeleição do síndico pode acontecer e quantas vezes consecutivas. 

É comum vermos síndicos atuando por longos períodos, às vezes décadas, o que demonstra a importância dessa decisão para a comunidade condominial.  

Embora muitos síndicos recebam remuneração, como a isenção do pagamento da taxa condominial, é comum não haver muitos candidatos durante as eleições. 

Isso se deve ao fato de que a posição exige responsabilidade, conhecimento jurídico, tempo e dedicação. O síndico desempenha um papel semelhante a um gerente de empresa, assumindo todas as demandas, reclamações e responsabilidades da vida em condomínio. 

Conhecer essas nuances é essencial para entender o processo eleitoral e as responsabilidades associadas ao cargo de síndico.

Se você leu até aqui e deseja prospectar mais condomínios, confira este passo a passo e aprenda a vender os seus serviços como um profissional. Boa leitura!

Qual o significado de condomínio? Como eles funcionam? Quais são os tipos? Veja a resposta para estas e outras perguntas

Qual o significado de condomínio? Como eles funcionam? Quais são os tipos? Veja a resposta para estas e outras perguntas

Você já se perguntou qual é o significado de condomínio? 

Se você é um proprietário de imóvel, inquilino ou apenas alguém interessado em entender melhor o funcionamento das habitações compartilhadas, você veio ao lugar certo. 

Neste post, exploraremos o significado de condomínio e desvendaremos os aspectos essenciais deste conceito que desempenha um papel fundamental no mundo da coletividade e da administração de propriedades. Continue lendo! 

Qual é o significado de condomínio? 

O termo “condomínio” se refere a uma forma específica de propriedade imobiliária onde várias unidades habitacionais ou comerciais coexistem em um mesmo edifício ou complexo.

Estas unidades são de propriedade privada, o que significa que seus proprietários têm direitos exclusivos sobre elas. 

No entanto, o espaço comum e as instalações, como corredores, elevadores, áreas de lazer e segurança, são compartilhados entre todos os proprietários e gerenciados por um síndico ou administradora de condomínios. 

Quais são os tipos de condomínios? 

Condomínio edilício 

Um condomínio edilício é o termo legalmente utilizado para se referir a condomínios verticais, ou seja, aqueles compostos por edifícios com múltiplas unidades habitacionais, como apartamentos. 

Nesse tipo de condomínio, os moradores possuem propriedade privada de suas unidades, mas compartilham a responsabilidade de manter e gerenciar as áreas comuns do edifício, como hall de entrada, elevadores, áreas de lazer e corredores. 

A gestão é realizada por um síndico e uma assembleia de condôminos, que tomam decisões sobre questões financeiras, manutenção e segurança do edifício. 

Condomínio horizontal 

O condomínio horizontal é caracterizado por casas independentes, dispostas em um terreno comum, muitas vezes cercado ou murado. 

Cada proprietário tem seu próprio lote de terreno e a propriedade da unidade habitacional, mas compartilha áreas comuns, como ruas internas, jardins, segurança e instalações de lazer.

Condomínio vertical 

O termo “condomínio vertical” é usado de forma geral para se referir aos condomínios edilícios, que consistem em prédios de múltiplos andares com unidades residenciais ou comerciais. 

Assim como em um condomínio edilício, os moradores ou proprietários de unidades, condôminos, compartilham áreas comuns, serviços e responsabilidades. 

Condomínio residencial 

Condomínios residenciais são aqueles destinados exclusivamente a fins habitacionais. Eles podem ser compostos por condomínios edilícios, horizontais ou mistos que tenham uma maioria de unidades habitacionais. 

A ênfase principal é na habitação e no bem-estar dos residentes, oferecendo comodidades como áreas de lazer, segurança e manutenção voltadas para a moradia. 

Condomínio comercial 

Os condomínios comerciais se concentram em unidades destinadas a fins comerciais, como lojas, escritórios e espaços de armazenagem. 

As áreas comuns são projetadas para atender às necessidades de negócios, e a gestão é frequentemente voltada para a manutenção de infraestrutura comercial e questões administrativas relacionadas. 

Condomínio misto 

Os condomínios mistos combinam unidades residenciais e comerciais em um mesmo complexo. 

Essa mistura pode oferecer comodidade, permitindo que as pessoas vivam e trabalhem no mesmo local, mas também pode criar desafios adicionais de gerenciamento, uma vez que as necessidades e prioridades dos condôminos residenciais e comerciais podem diferir. 

O que é instituição de condomínio? 

A instituição de condomínio é um procedimento jurídico e legal pelo qual um proprietário de um condomínio divide a área em unidades autônomas e individuais. 

Esse processo pode ser formalizado por meio de instrumento público, instrumento particular ou até mesmo por testamento. Alternativamente, em casos de divisões complexas, pode ser executado por meio de uma sentença judicial emitida em uma ação de divisão. 

Essas unidades autônomas são registradas com matrículas individualizadas e estão sujeitas às disposições da convenção de condomínio, que regula a convivência e os direitos dos condôminos. 

De acordo com o Código Civil, a instituição de um condomínio edilício ocorre mediante o registro da convenção no Cartório de Imóveis, estabelecendo assim as regras e regulamentos para a administração e manutenção das áreas comuns. 

Principais dúvidas sobre a administração de um condomínio 

Quem define as regras do condomínio? 

Inicialmente, é a construtora que estabelece as normas do novo condomínio. 

No entanto, durante a assembleia de instalação do condomínio, os residentes têm a oportunidade de alterá-las por meio de votação, com as decisões sendo determinadas pela vontade da maioria. 

Quem responde pelo condomínio? 

A administração de um condomínio é normalmente supervisionada e gerenciada por um síndico, que é eleito pelos condôminos. 

O síndico é a pessoa encarregada de representar o condomínio e tomar decisões em nome dos condôminos, garantindo o cumprimento das regras e regulamentos estabelecidos. 

Ele também é responsável por questões como a manutenção das áreas comuns, contratação de serviços, pagamento de despesas e resolução de conflitos no condomínio. 

Além do síndico, a gestão do condomínio pode ser auxiliada por uma administradora de condomínio, uma empresa especializada em fornecer suporte administrativo e financeiro aos condomínios. 

A administradora pode cuidar de tarefas como a contabilidade, cobrança de taxas, contratação de funcionários, entre outras atividades de gerenciamento. 

Os condôminos também têm um papel importante na gestão do condomínio, pois participam das reuniões de assembleias, onde discutem e votam sobre questões importantes relacionadas ao condomínio, como orçamento, regras e regulamentos, contratação de serviços e outras decisões relevantes. 

Portanto, a responsabilidade pela administração do condomínio é compartilhada entre o síndico, a administradora (se houver) e os condôminos, com o objetivo de manter a harmonia e o bom funcionamento da comunidade. 

O que é a convenção do condomínio? 

A convenção do condomínio é um documento fundamental que estabelece as regras, direitos e deveres dos condôminos (proprietários das unidades) e a forma de administração do condomínio. 

Ela é o “contrato social” da comunidade condominial e é criada no momento da instituição do condomínio, conforme determinado por lei. 

A convenção do condomínio é um documento legalmente vinculativo e deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis para garantir sua validade. 

Ele serve como um guia para a administração do condomínio e como um conjunto de regras para a convivência pacífica e organizada dos condôminos. Qualquer condômino é obrigado a respeitar as disposições da convenção, que é uma parte essencial da vida em condomínio. 

O que é o regimento interno? 

O regimento interno é um documento complementar à convenção do condomínio, que estabelece regras mais detalhadas e específicas para a convivência e o funcionamento do condomínio. 

Enquanto a convenção é mais ampla e estabelece as diretrizes gerais, o regimento interno detalha aspectos práticos e cotidianos que não estão necessariamente contidos na convenção. 

O regimento interno é um documento de grande importância para a vida em condomínio, uma vez que ele ajuda a estabelecer diretrizes claras e específicas para a convivência harmoniosa dos condôminos e a manutenção adequada das instalações do condomínio. 

Assim como a convenção, o regimento interno é vinculativo para todos os condôminos e deve ser respeitado. 

É importante que todos os moradores estejam cientes das regras e regulamentos contidos no regimento interno para garantir um ambiente seguro e organizado no condomínio. 

O que é a taxa condominial? 

A taxa condominial, também conhecida como taxa de condomínio, é uma quantia regularmente paga pelos condôminos (proprietários das unidades em um condomínio) para cobrir os custos associados à manutenção, operação e administração do condomínio. 

A taxa condominial é determinada com base nas despesas projetadas para o condomínio, sendo rateada entre os condôminos de acordo com a fração ideal de suas unidades, que geralmente é determinada com base na metragem das unidades ou outros critérios definidos na convenção do condomínio. 

A cobrança da taxa condominial é realizada mensalmente, e os condôminos são obrigados a efetuar o pagamento dentro do prazo estipulado. O valor da taxa pode variar de condomínio para condomínio, dependendo do tamanho, localização e das comodidades oferecidas. 

Manter a taxa condominial em dia é fundamental para garantir a manutenção e o bom funcionamento do condomínio e para assegurar que todas as áreas comuns e serviços compartilhados estejam disponíveis e bem conservados para os moradores. 

De quem é a obrigação de pagar o condomínio? 

A obrigação de pagar a taxa condominial recai sobre os condôminos, ou seja, os proprietários das unidades dentro do condomínio. 

Cada proprietário é responsável pelo pagamento da sua parcela da taxa, de acordo com a fração ideal de sua unidade, que geralmente é determinada com base na metragem do imóvel ou por critérios definidos na convenção do condomínio. 

Em casos de unidades alugadas, a responsabilidade pelo pagamento da taxa condominial pode ser definida no contrato de locação. 

Em muitos casos, os inquilinos concordam em pagar a taxa, enquanto o proprietário continua sendo o responsável legal perante o condomínio. 

É importante ressaltar que a taxa condominial é uma obrigação legal, e a falta de pagamento pode levar a consequências graves, como multas, juros, restrições no uso das áreas comuns, ações judiciais de cobrança e até mesmo a execução da dívida por meio de leilões de unidades.

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