A criação de um condomínio edilício marca não apenas a entrega de imóveis, mas também o nascimento de uma comunidade. A assembleia geral de instalação é o ponto inaugural desse processo, representando a primeira reunião dos condôminos.
Nesse momento crucial, a formalização da entrega das unidades, a eleição do síndico e a definição das diretrizes que nortearão a gestão do condomínio tornam-se protagonistas.
Este artigo explora em detalhes o papel e os procedimentos que envolvem a assembleia de instalação, delineando seu impacto na consolidação e administração de um condomínio. Continue lendo!
Antes de tudo, o que é uma Assembleia Geral de Instalação de condomínio?
A assembleia geral de instalação em condomínios, também conhecida como AGI, representa um marco crucial no processo de constituição de um condomínio edilício.
Esta reunião inaugural, geralmente convocada pela incorporadora/construtora, tem como propósito formalizar o término das obras e planejar a entrega das unidades autônomas e áreas comuns aos futuros proprietários.
Ao contrário de outras assembleias gerais, a de instalação possui particularidades no que diz respeito à sua convocação e finalidades.
Primeiro, o Código Civil não estabelece uma forma ou momento específico para a sua realização.
A ausência do registro da incorporação imobiliária exige a adoção do rito estabelecido pelo Código de Normas do estado, que, em geral, demanda:
outros atos válidos como a averbação da construção, o habite-se;
e o registro de incorporação.
Antes da promulgação da Lei 14.382/2022, as diferenças terminológicas entre os estados brasileiros geravam debates sobre o momento exato da instituição do condomínio na incorporação imobiliária.
Em Minas Gerais, por exemplo, o entendimento era de que o condomínio já existia no momento do registro em cartório dos memoriais de instituição e incorporação imobiliária, enquanto em São Paulo, prevalecia a necessidade da averbação do “habite-se”.
Com a mencionada lei, que inseriu o § 1º-A ao artigo 32 da Lei 4.591/64, consolidou-se nacionalmente o entendimento de Minas Gerais, considerando a instituição do condomínio desde o registro do memorial em cartório.
A assembleia de instalação, portanto, torna-se essencial para conferir vida e gestão próprias ao condomínio edilício.
A incorporadora pode, ainda, apresentar uma previsão orçamentária para os primeiros meses e sugerir o valor da taxa de condomínio.
É importante destacar que a realização da assembleia de instalação não depende da expedição do “habite-se” ou do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), pois o ato em si não implica necessariamente a entrega das áreas comuns ou a permissão para habitação do prédio.
Contudo, a ausência de previsão de entrega das unidades pode gerar recusas por parte dos condôminos, considerando que a instalação do condomínio implica em despesas próprias, mesmo antes da posse das unidades pelos proprietários.
Como funciona uma Assembleia Geral de Instalação de condomínio na prática?
Em uma AGI, as ações vão além da entrega simbólica de chaves, abrangendo a eleição do síndico, a ratificação da convenção de condomínio e a definição das bases que regerão a vida coletiva.
Veja, passo a passo, como essa assembleia se desdobra na prática, destacando os elementos essenciais que moldam o início da jornada condominial e como os condôminos participam ativamente na construção da comunidade.
Primeiro passo: Convocação da primeira reunião de assembleia
Todos os condôminos, incluindo os promissários compradores não quitados, devem ser convocados por carta, que pode ser enviada por e-mail ou não.
Segundo passo: Quórum e aprovação da Convenção do Condomínio
De acordo com a legislação, na AGI as decisões exigem a maioria dos votos dos condôminos presentes, representando pelo menos metade das unidades.
A segunda convocação pode acontecer, caso o quórum não seja alcançado na primeira, decidindo-se pela maioria dos votos presentes.
Terceiro passo: Eleição do síndico, subsíndico e conselho fiscal
A eleição do síndico é ponto crucial na assembleia geral de instalação, sendo escolhido por maioria simples ou o quórum que a Convenção do Condomínio definir.
O mandato pode ser de até 2 anos, com possibilidade de reeleição, a menos que a convenção proíba.
O subsíndico e membros de conselhos administrativos, fiscais e de obras também podem ser eleitos conforme previsto na convenção.
Quarto passo: Ratificação da convenção de condomínio
A convenção do condomínio, registrada previamente, não requer aprovação, apenas ratificação e deliberação do texto.
Possíveis alterações exigem quórum de dois terços dos condôminos.
Quinto passo: Previsão orçamentária e taxa de condomínio
Embora não obrigatórios, incluir esses temas na pauta é recomendável, pois o condomínio terá despesas próprias após a instalação.
No Brasil, é comum utilizar o método de rateio por fração ideal para distribuir as despesas condominiais, embora seja raro optar por outras formas.
O Código Civil estabelece claramente que a cobrança das cotas (conforme o art. 1334, inciso I) segue o que está especificado na Convenção de Condomínio.
Caso seja necessário, a incorporadora/construtora pode apresentar uma planilha orçamentária para uma análise detalhada.
Essa planilha, que abrange contratos, despesas com funcionários, laudos de engenharia, entre outros itens, proporciona uma visão clara dos custos envolvidos na administração do condomínio e justifica o valor da taxa condominial.
Sexto passo: Abertura de CNPJ do condomínio
Embora não possua personalidade jurídica, um condomínio necessita de uma inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) para desempenhar diversas atividades essenciais.
Essa inscrição permite que o condomínio:
seja titular de uma conta bancária;
contrate funcionários;
firme contratos;
e realize outras operações necessárias para sua administração.
A obtenção do CNPJ pode ocorrer logo após o registro da incorporação, mas é crucial compreender que, a partir desse momento, o condomínio adquire despesas próprias. Despesas como serviços de contabilidade, por exemplo, geralmente seriam custeadas pela incorporadora até a entrega das unidades aos condôminos.
Por essa razão, aconselha-se realizar a abertura do CNPJ imediatamente após a instalação do condomínio.
Esse momento marca o início das operações efetivas do condomínio, proporcionando uma previsão de receitas que justifica e viabiliza a gestão independente de suas obrigações e atividades.
Sétimo passo: Orientação do primeiro síndico
O síndico recém-eleito pode carecer de experiência. Com exceção dos casos, nos quais os condôminos decidem a contratação de um síndico profissional imediatamente.
No primeiro cenário, é vital que a incorporadora forneça orientações sobre temas como abertura de CNPJ, conta bancária, orçamento e manutenção das áreas comuns.
Bônus: Assembleia virtual de instalação de condomínio
Isso foi incorporado ao Código Civil por meio do artigo 1.354-A, que estabelece as condições para essa modalidade:
Art. 1.354-A. A convocação, a realização e a deliberação de quaisquer modalidades de assembleia poderão dar-se de forma eletrônica, desde que:
I – tal possibilidade não seja vedada na convenção de condomínio;
II – sejam preservados aos condôminos os direitos de voz, de debate e de voto.
A legislação também estabelece outras regras para a assembleia eletrônica, incluindo a opção de realização de forma híbrida, permitindo a participação tanto presencial quanto virtual dos condôminos.
Essa alternativa oferece uma maneira mais acessível e conveniente para todos os compradores participarem da assembleia de instalação, adaptando-se à dinâmica moderna e às necessidades variadas dos condôminos.
A importância da assessoria jurídica durante a instalação do novo condomínio
Frequentemente, os condôminos são novos proprietários, vivenciando pela primeira vez a aquisição de um imóvel próprio e a participação na instalação de um condomínio. É compreensível que, diante desse contexto, surjam diversas dúvidas ao longo da assembleia.
Embora muitas respostas já estejam no domínio das incorporadoras, devido à sua experiência no setor, contar com uma assessoria jurídica nesta fase é benéfico.
A presença de um advogado especializado durante a assembleia de instalação não apenas reflete cuidado e atenção com os condôminos, mas também simplifica significativamente a condução da reunião.
Veja algumas das principais vantagens:
Garantia de conformidade legal
A assessoria jurídica especializada assegura que todos os procedimentos relacionados à entrega do condomínio estejam em estrita conformidade com a legislação vigente.
Isso inclui a revisão de documentos, contratos e a verificação de requisitos legais essenciais.
Elaboração e revisão de documentação
A redação e revisão de documentos legais, tais como termos de entrega, regulamentos internos e outros instrumentos jurídicos, são atividades cruciais.
Uma assessoria especializada garante a clareza, validade e abrangência desses documentos.
Resolução de impasses e litígios
Caso surjam disputas ou impasses durante o processo de entrega, a assessoria jurídica atua como mediadora e busca soluções amigáveis.
Essa abordagem previne litígios prolongados e contribui para a preservação de relações saudáveis entre as partes envolvidas.
Proteção dos interesses do condomínio
A assessoria jurídica trabalha ativamente para proteger os interesses do condomínio, garantindo que cláusulas contratuais sejam cumpridas e que os direitos dos condôminos sejam preservados.
Adaptação às mudanças legislativas
O cenário legal está em constante evolução.
Uma assessoria especializada acompanha as mudanças legislativas pertinentes ao setor imobiliário, assegurando que o condomínio esteja sempre em conformidade com novas regulamentações.
Orientação estratégica
Além de atuar nas questões legais imediatas, a assessoria jurídica oferece orientação estratégica para enfrentar desafios potenciais. Isso inclui a antecipação de possíveis obstáculos e a implementação de medidas preventivas.
Não ter um candidato durante uma eleição para síndico de condomínio, pode ser um desafio inesperado.
A gestão condominial é crucial para manter a harmonia e bem-estar da comunidade, mas encontrar alguém disposto a assumir esse papel, às vezes, pode ser um obstáculo.
Então, o que fazer se nenhum síndico se candidatar?
Neste post, vamos explorar cada opção existente para lidar com essa situação, garantindo que a gestão do seu condomínio permaneça sólida, mesmo quando houver problemas como este. Continue lendo!
O que fazer se nenhum síndico se candidatar? Veja 5 opções
#01: Forneça incentivos
Alguns condomínios optam por fornecer incentivos, como a redução ou isenção dos encargos condominiais ou uma remuneração, para aqueles que se dispõem a assumir o papel de síndico.
Essa abordagem serve, principalmente, como um estímulo tangível para encorajar a participação ativa na administração do condomínio.
No entanto, é crucial observar que qualquer forma de incentivo ou remuneração deve estar estritamente em conformidade com a Convenção Condominial.
Essas práticas precisam ser devidamente regulamentadas, garantindo transparência e legalidade.
A Convenção pode conter cláusulas específicas que permitem ou proíbem essas práticas, e é fundamental respeitar essas diretrizes.
Caso a Convenção não contemple esses aspectos ou seja necessário ajustá-la para refletir novas medidas, uma assembleia condominial deve ser convocada para deliberar e, se necessário, alterar legalmente esses termos.
Dessa forma, ao considerar incentivos para estimular candidaturas a síndico, a comunidade não apenas promove a participação ativa, mas também assegura que todas as práticas estejam alinhadas com os regulamentos estabelecidos, garantindo uma gestão condominial sólida e transparente.
#02: Faça um rodízio entre os membros do Conselho Fiscal
Uma outra alternativa para lidar com a ausência de candidatos a síndico é implementar um rodízio entre os membros do Conselho Fiscal.
De acordo com o Código Civil (Art. 1.356), é permitida a existência de um conselho fiscal composto por três membros, eleitos pela assembleia, com um mandato que não ultrapassa dois anos.
A principal responsabilidade desse conselho é emitir parecer sobre as contas do síndico.
O rodízio entre os conselheiros fiscais oferece uma solução prática e democrática.
Os membros podem se revezar na função de síndico, garantindo que sempre haja alguém legalmente designado para responder pelo condomínio.
Essa abordagem não apenas distribui as responsabilidades, mas também proporciona uma oportunidade para que diferentes moradores assumam papéis de liderança, promovendo a diversidade de perspectivas e experiências na gestão condominial.
É importante ressaltar que, para implementar esse rodízio, é necessário assegurar que a Convenção Condominial esteja em conformidade com essa prática.
Caso a Convenção não preveja essa possibilidade, uma assembleia condominial pode ser convocada para deliberar e, se necessário, realizar alterações.
#03: Contrate de síndico profissional
Quando a busca por um síndico entre os moradores se mostra infrutífera, a contratação de um síndico profissional surge como uma alternativa sólida e eficaz.
A legislação condominial permite essa prática, oferecendo uma solução prática para comunidades que enfrentam a escassez de candidatos dispostos a assumir a posição de liderança, além de uma série de benefícios.
Primeiramente, esse profissional possui experiência e expertise na administração condominial, o que pode resultar em uma gestão mais eficiente e focada.
Além disso, a responsabilidade por questões burocráticas, financeiras e operacionais é transferida para mãos especializadas, aliviando os moradores dessas tarefas complexas.
Antes de tomar essa decisão, é crucial que a comunidade condominial avalie as finanças disponíveis, pois a contratação de um síndico profissional envolve custos.
No entanto, muitas vezes, esse investimento é justificável pelos benefícios a longo prazo, especialmente quando comparado à falta de liderança e às possíveis consequências de uma administração inadequada.
#04: Transfira as funções de síndico para a administradora
Essa abordagem permite que o condomínio conte com uma equipe profissional para gerenciar todas as responsabilidades administrativas, operacionais e financeiras.
A contratação de uma administradora oferece diversos benefícios.
Em primeiro lugar, ela assume a responsabilidade por tarefas complexas, como a gestão financeira, cobrança de taxas, manutenção predial e contratação de serviços.
Isso alivia os moradores do ônus de lidar diretamente com essas questões, permitindo que foquem em desfrutar de um ambiente condominial harmonioso.
Antes de realizar a transferência das funções, é essencial revisar a Convenção Condominial para garantir que a mudança seja devidamente regulamentada.
É importante destacar que, embora a transferência de funções para uma administradora simplifique a gestão, a comunicação transparente entre a administradora e os moradores é fundamental.
A criação de canais eficientes de comunicação assegura que os residentes estejam informados e participem ativamente das decisões que impactam o condomínio.
#05: Leve o caso para indicação judicial
Conforme estabelecido pelo artigo 27 da Lei de Condomínio (4.591/64), se não houver uma assembleia geral para eleição de um novo síndico e nenhuma decisão é tomada após as opções anteriormente apresentadas, a designação do representante legal do condomínio passa a ser responsabilidade do judiciário:
“Se a assembleia não se reunir para exercer qualquer dos poderes que lhe competem, quinze dias após o pedido de convocação, o juiz decidirá a respeito, mediante requerimento dos interessados.”
Nesses casos, o judiciário pode indicar um síndico ad hoc, designado especificamente para essa função, ou um síndico pro tempore, temporário, até que a situação seja regularizada.
Embora essa seja uma solução legal, é importante destacar que a nomeação judicial pode acarretar desafios.
A principal preocupação reside na possibilidade de um síndico pouco experiente ou descomprometido com o bem comum do condomínio ser indicado. Isso representa um risco para a estrutura do edifício e para o bem-estar dos condôminos.
Portanto, é fundamental que os moradores estejam atentos a esse processo e, se possível, participem ativamente, fornecendo informações relevantes ao judiciário para assegurar a escolha de um representante qualificado.
A indicação judicial deve ser encarada como último recurso, sendo preferível que a comunidade condominial busque soluções internas antes de recorrer ao judiciário.
A cooperação entre os moradores e a busca por alternativas mais amigáveis são sempre recomendadas para manter a estabilidade e a harmonia no condomínio.
A eleição de síndico em condomínios muitas vezes se torna um verdadeiro quebra-cabeça de dúvidas e questionamentos. Uma das perguntas mais comuns é: o candidato a síndico pode votar em si mesmo?
Para desmistificar esse enigma e trazer clareza ao processo eleitoral condominial, vamos explorar todos os aspectos dessa questão neste artigo.
Descubra aqui as nuances que envolvem o direito de voto do próprio candidato e as regras que regem esse importante momento na vida do condomínio. Continue lendo!
O candidato a síndico pode votar nele mesmo durante uma eleição?
Se você é um candidato a síndico que também é proprietário de uma unidade ou a representa como inquilino na ausência do proprietário, saiba que é permitido votar em si mesmo.
Afinal, ao concorrer ao cargo, você está, de fato, representando uma unidade. Essa é uma prerrogativa válida para inquilinos que desejam participar ativamente no processo de eleição.
O que fazer em caso de empate entre os candidatos?
Em situações de empate entre dois ou mais candidatos a síndico, é crucial verificar se a convenção do condomínio prevê uma solução para esse impasse. Caso contrário, a recomendação é convocar uma nova assembleia.
Se o empate ocorrer apenas entre os dois primeiros candidatos e a convenção não especificar um desfecho, a assembleia pode decidir por uma nova votação entre esses dois candidatos.
Os votos dos apoiadores de outros candidatos poderiam desempatar a situação, dando flexibilidade à decisão da assembleia.
O inadimplente pode votar na eleição de síndico?
É importante ressaltar que é vetado ao inadimplente participar das assembleias, mesmo que a inadimplência seja relacionada a multas.
Se a multa não foi paga, o condômino não está apto a exercer o direito de voto. Essa restrição visa garantir a regularidade financeira dos participantes nas deliberações condominiais.
Esteja ciente dessas considerações cruciais para garantir um processo eleitoral transparente e alinhado com as normas do condomínio. Em caso de dúvidas, sempre consulte a convenção condominial para orientações específicas sobre eleições e demais procedimentos.
Quem pode se candidatar a síndico de condomínio?
A resposta para essa pergunta depende de alguns fatores.
De acordo com o artigo 1.347 do Código Civil, a assembleia do condomínio escolherá um síndico, que não necessariamente precisa ser condômino, para administrar o condomínio por até dois anos, com possibilidade de renovação.
Apesar da liberdade geral, as convenções de condomínio podem impor condições específicas para candidatos a síndico, que podem incluir:
ser proprietário;
ser proprietário e residente no condomínio;
ou, no caso de síndicos profissionais, ser pessoa jurídica;
entre outros requisitos.
Essas restrições são possíveis e válidas, desde que tenham sido deliberadas e aprovadas corretamente, constando expressamente na convenção com o quórum qualificado específico.
Se a convenção não impuser condições, qualquer pessoa, física ou jurídica, pode ser eleita síndico, incluindo inquilinos ou possuidores.
No entanto, para inquilinos concorrerem, eles precisam ter poderes de representação conferidos pelo condômino, permitindo a sua participação na assembleia com direito a voto e elegibilidade.
Antigamente, a lei de condomínios (lei nº 4.591/64) era a referência para essas questões, mas com a entrada em vigor do Código Civil de 2002, essa responsabilidade foi transferida para esse novo código.
Agora, a convenção do condomínio ganha destaque, permitindo que os condôminos decidam se a reeleição do síndico pode acontecer e quantas vezes consecutivas.
É comum vermos síndicos atuando por longos períodos, às vezes décadas, o que demonstra a importância dessa decisão para a comunidade condominial.
Embora muitos síndicos recebam remuneração, como a isenção do pagamento da taxa condominial, é comum não haver muitos candidatos durante as eleições.
Isso se deve ao fato de que a posição exige responsabilidade, conhecimento jurídico, tempo e dedicação. O síndico desempenha um papel semelhante a um gerente de empresa, assumindo todas as demandas, reclamações e responsabilidades da vida em condomínio.
Conhecer essas nuances é essencial para entender o processo eleitoral e as responsabilidades associadas ao cargo de síndico.
Você já se perguntou qual é o significado de condomínio?
Se você é um proprietário de imóvel, inquilino ou apenas alguém interessado em entender melhor o funcionamento das habitações compartilhadas, você veio ao lugar certo.
Neste post, exploraremos o significado de condomínio e desvendaremos os aspectos essenciais deste conceito que desempenha um papel fundamental no mundo da coletividade e da administração de propriedades. Continue lendo!
Qual é o significado de condomínio?
O termo “condomínio” se refere a uma forma específica de propriedade imobiliária onde várias unidades habitacionais ou comerciais coexistem em um mesmo edifício ou complexo.
Estas unidades são de propriedade privada, o que significa que seus proprietários têm direitos exclusivos sobre elas.
No entanto, o espaço comum e as instalações, como corredores, elevadores, áreas de lazer e segurança, são compartilhados entre todos os proprietários e gerenciados por um síndico ou administradora de condomínios.
Quais são os tipos de condomínios?
Condomínio edilício
Um condomínio edilício é o termo legalmente utilizado para se referir a condomínios verticais, ou seja, aqueles compostos por edifícios com múltiplas unidades habitacionais, como apartamentos.
Nesse tipo de condomínio, os moradores possuem propriedade privada de suas unidades, mas compartilham a responsabilidade de manter e gerenciar as áreas comuns do edifício, como hall de entrada, elevadores, áreas de lazer e corredores.
A gestão é realizada por um síndico e uma assembleia de condôminos, que tomam decisões sobre questões financeiras, manutenção e segurança do edifício.
Condomínio horizontal
O condomínio horizontal é caracterizado por casas independentes, dispostas em um terreno comum, muitas vezes cercado ou murado.
Cada proprietário tem seu próprio lote de terreno e a propriedade da unidade habitacional, mas compartilha áreas comuns, como ruas internas, jardins, segurança e instalações de lazer.
Condomínio vertical
O termo “condomínio vertical” é usado de forma geral para se referir aos condomínios edilícios, que consistem em prédios de múltiplos andares com unidades residenciais ou comerciais.
Assim como em um condomínio edilício, os moradores ou proprietários de unidades, condôminos, compartilham áreas comuns, serviços e responsabilidades.
Condomínio residencial
Condomínios residenciais são aqueles destinados exclusivamente a fins habitacionais. Eles podem ser compostos por condomínios edilícios, horizontais ou mistos que tenham uma maioria de unidades habitacionais.
A ênfase principal é na habitação e no bem-estar dos residentes, oferecendo comodidades como áreas de lazer, segurança e manutenção voltadas para a moradia.
Condomínio comercial
Os condomínios comerciais se concentram em unidades destinadas a fins comerciais, como lojas, escritórios e espaços de armazenagem.
As áreas comuns são projetadas para atender às necessidades de negócios, e a gestão é frequentemente voltada para a manutenção de infraestrutura comercial e questões administrativas relacionadas.
Condomínio misto
Os condomínios mistos combinam unidades residenciais e comerciais em um mesmo complexo.
Essa mistura pode oferecer comodidade, permitindo que as pessoas vivam e trabalhem no mesmo local, mas também pode criar desafios adicionais de gerenciamento, uma vez que as necessidades e prioridades dos condôminos residenciais e comerciais podem diferir.
O que é instituição de condomínio?
A instituição de condomínio é um procedimento jurídico e legal pelo qual um proprietário de um condomínio divide a área em unidades autônomas e individuais.
Esse processo pode ser formalizado por meio de instrumento público, instrumento particular ou até mesmo por testamento. Alternativamente, em casos de divisões complexas, pode ser executado por meio de uma sentença judicial emitida em uma ação de divisão.
Essas unidades autônomas são registradas com matrículas individualizadas e estão sujeitas às disposições da convenção de condomínio, que regula a convivência e os direitos dos condôminos.
De acordo com o Código Civil, a instituição de um condomínio edilício ocorre mediante o registro da convenção no Cartório de Imóveis, estabelecendo assim as regras e regulamentos para a administração e manutenção das áreas comuns.
Principais dúvidas sobre a administração de um condomínio
Quem define as regras do condomínio?
Inicialmente, é a construtora que estabelece as normas do novo condomínio.
No entanto, durante a assembleia de instalação do condomínio, os residentes têm a oportunidade de alterá-las por meio de votação, com as decisões sendo determinadas pela vontade da maioria.
Quem responde pelo condomínio?
A administração de um condomínio é normalmente supervisionada e gerenciada por um síndico, que é eleito pelos condôminos.
O síndico é a pessoa encarregada de representar o condomínio e tomar decisões em nome dos condôminos, garantindo o cumprimento das regras e regulamentos estabelecidos.
Ele também é responsável por questões como a manutenção das áreas comuns, contratação de serviços, pagamento de despesas e resolução de conflitos no condomínio.
Além do síndico, a gestão do condomínio pode ser auxiliada por uma administradora de condomínio, uma empresa especializada em fornecer suporte administrativo e financeiro aos condomínios.
Os condôminos também têm um papel importante na gestão do condomínio, pois participam das reuniões de assembleias, onde discutem e votam sobre questões importantes relacionadas ao condomínio, como orçamento, regras e regulamentos, contratação de serviços e outras decisões relevantes.
Portanto, a responsabilidade pela administração do condomínio é compartilhada entre o síndico, a administradora (se houver) e os condôminos, com o objetivo de manter a harmonia e o bom funcionamento da comunidade.
O que é a convenção do condomínio?
A convenção do condomínio é um documento fundamental que estabelece as regras, direitos e deveres dos condôminos (proprietários das unidades) e a forma de administração do condomínio.
Ela é o “contrato social” da comunidade condominial e é criada no momento da instituição do condomínio, conforme determinado por lei.
A convenção do condomínio é um documento legalmente vinculativo e deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis para garantir sua validade.
Ele serve como um guia para a administração do condomínio e como um conjunto de regras para a convivência pacífica e organizada dos condôminos. Qualquer condômino é obrigado a respeitar as disposições da convenção, que é uma parte essencial da vida em condomínio.
O que é o regimento interno?
O regimento interno é um documento complementar à convenção do condomínio, que estabelece regras mais detalhadas e específicas para a convivência e o funcionamento do condomínio.
Enquanto a convenção é mais ampla e estabelece as diretrizes gerais, o regimento interno detalha aspectos práticos e cotidianos que não estão necessariamente contidos na convenção.
O regimento interno é um documento de grande importância para a vida em condomínio, uma vez que ele ajuda a estabelecer diretrizes claras e específicas para a convivência harmoniosa dos condôminos e a manutenção adequada das instalações do condomínio.
Assim como a convenção, o regimento interno é vinculativo para todos os condôminos e deve ser respeitado.
É importante que todos os moradores estejam cientes das regras e regulamentos contidos no regimento interno para garantir um ambiente seguro e organizado no condomínio.
O que é a taxa condominial?
A taxa condominial, também conhecida como taxa de condomínio, é uma quantia regularmente paga pelos condôminos (proprietários das unidades em um condomínio) para cobrir os custos associados à manutenção, operação e administração do condomínio.
A taxa condominial é determinada com base nas despesas projetadas para o condomínio, sendo rateada entre os condôminos de acordo com a fração ideal de suas unidades, que geralmente é determinada com base na metragem das unidades ou outros critérios definidos na convenção do condomínio.
A cobrança da taxa condominial é realizada mensalmente, e os condôminos são obrigados a efetuar o pagamento dentro do prazo estipulado. O valor da taxa pode variar de condomínio para condomínio, dependendo do tamanho, localização e das comodidades oferecidas.
Manter a taxa condominial em dia é fundamental para garantir a manutenção e o bom funcionamento do condomínio e para assegurar que todas as áreas comuns e serviços compartilhados estejam disponíveis e bem conservados para os moradores.
De quem é a obrigação de pagar o condomínio?
A obrigação de pagar a taxa condominial recai sobre os condôminos, ou seja, os proprietários das unidades dentro do condomínio.
Cada proprietário é responsável pelo pagamento da sua parcela da taxa, de acordo com a fração ideal de sua unidade, que geralmente é determinada com base na metragem do imóvel ou por critérios definidos na convenção do condomínio.
Em casos de unidades alugadas, a responsabilidade pelo pagamento da taxa condominial pode ser definida no contrato de locação.
Em muitos casos, os inquilinos concordam em pagar a taxa, enquanto o proprietário continua sendo o responsável legal perante o condomínio.
É importante ressaltar que a taxa condominial é uma obrigação legal, e a falta de pagamento pode levar a consequências graves, como multas, juros, restrições no uso das áreas comuns, ações judiciais de cobrança e até mesmo a execução da dívida por meio de leilões de unidades.
A gestão condominial, uma tarefa complexa que envolve desde o controle financeiro até a comunicação com os moradores, está passando por uma verdadeira revolução digital.
À medida que a tecnologia avança a passos largos, novas ferramentas e soluções surgem para simplificar e otimizar a administração de condomínios.
Neste post, vamos explorar essa revolução digital na gestão condominial e, mais importante, ajudá-lo a descobrir qual é o melhor software para administradora de condomínios, capaz de economizar tempo e dinheiro.
Se você é um síndico, administrador ou gestor de condomínios, este é o momento perfeito para estar por dentro das últimas tendências tecnológicas que estão transformando a maneira como os condomínios são administrados. Continue lendo!
Gestão condominial antiga X Gestão condominial moderna
Como era a gestão condominial à moda antiga?
Imagine uma época em que a gestão condominial era um desafio que envolvia pilhas intermináveis de papelada, comunicação morosa e processos manuais complexos.
Essa era a realidade da gestão condominial antiga, uma época em que a tecnologia ainda não tinha invadido nossos lares e comunidades de forma tão impactante quanto hoje.
No entanto, isso não significa que todos os condomínios estão aderindo a uma gestão moderna e deixando de lado a burocracia e os processos arrastados e complexos. Muitas vezes, a comunidade está acostumada com a situação e tem dificuldade em identificar esse problema.
Portanto, veja a seguir quais são as principais características de uma gestão condominial antiga e desatualizada.
Papelada desnecessária e muitos arquivos físicos: No passado, a gestão de condomínios era caracterizada por montanhas de papelada, desde atas de assembleias até registros de manutenção. Isso não apenas ocupava muito espaço físico, mas também dificultava a pesquisa de informações relevantes, a organização dos documentos e a conservação de papéis importantes;
Comunicação morosa: A comunicação entre síndicos, administradoras e condôminos frequentemente dependia de circulares impressas e cartas coladas no quadro de avisos, nos corredores ou nos elevadores, o que resultava em uma comunicação lenta e propensa a erros;
Controle financeiro manual: A contabilidade era um processo manual, sujeito a erros humanos. A geração de boletos e a prestação de contas demandavam um tempo considerável e exigiam a análise de diversas planilhas, documentos impressos e papéis malconservados pelo tempo;
Segurança limitada: Os sistemas de segurança geralmente se baseavam em chaves físicas e seguranças humanos, o que deixava espaço para falhas e invasões.
A gestão condominial moderna representa uma revolução em relação ao passado, onde a tecnologia desempenha um papel fundamental na otimização e melhoria de todas as facetas da administração de condomínios.
Vivemos em uma era em que a digitalização, a automação e a conectividade são parte intrínseca de nosso cotidiano, e isso não exclui a forma como os condomínios são gerenciados.
Agora que você já sabe quais são as características que tornam uma gestão condominial obsoleta, veja o outro lado da moeda: o que torna uma gestão condominial moderna?
Plataforma de gestão online: As plataformas de gestão condominial online revolucionaram a forma como os condomínios são administrados. Agora, documentos e informações estão acessíveis a qualquer momento e de qualquer lugar, reduzindo drasticamente a dependência de papéis;
Comunicação instantânea e facilitada: Aplicativos e sistemas de mensagens instantâneas permitem uma comunicação ágil entre síndicos, administradores e condôminos. Questões podem ser resolvidas de forma rápida e eficaz, sem perder horas, sem precisar colar papéis nos corredores e sem que o síndico ou a administradora precisem estar presente no condomínio;
Automação financeira: A automação de tarefas financeiras, como geração de boletos, registro de despesas e prestação de contas, agilizou consideravelmente a gestão financeira dos condomínios, reduzindo erros e economizando tempo;
Condôminos autônomos: Com os aplicativos para condomínios, os moradores precisam apenas baixar o app no celular e fazer a reserva das áreas comuns, com o salão de festas, acessar a convenção ou o regimento interno, responder enquetes, abrir chamados ou simplesmente enviar uma solicitação para um funcionário;
Segurança avançada: Tecnologias como câmeras de segurança, controle de acesso por biometria e sistemas de monitoramento remoto reforçaram a segurança dos condomínios, proporcionando maior tranquilidade aos moradores.
A tecnologia nos condomínios e como essa mudança revolucionou a gestão condominial
Dados recentes evidenciam o impacto positivo da tecnologia na gestão condominial. Pesquisas recentes revelam que condomínios que adotaram soluções tecnológicas, como softwares de gestão e plataformas online, experimentaram uma redução significativa nas reclamações dos moradores e nos erros administrativos.
Esses dados refletem uma realidade clara: a tecnologia não é mais uma opção, mas sim uma necessidade na gestão condominial.
Ela não apenas otimiza processos, economiza recursos e aprimora a segurança, como também proporciona uma melhor experiência para os moradores.
No entanto, é importante lembrar que a adoção da tecnologia deve ser acompanhada de treinamento adequado para síndicos, administradoras e condôminos.
A integração bem-sucedida dessas soluções depende da capacitação das pessoas envolvidas. Além disso, é fundamental manter um equilíbrio entre a automação e o contato humano, já que a gestão condominial envolve questões delicadas que exigem empatia e compreensão.
A tecnologia na gestão condominial está transformando positivamente a maneira como lidamos com as tarefas cotidianas e as complexidades inerentes a essa responsabilidade.
Ela oferece benefícios tangíveis, como redução de custos e melhoria na qualidade de vida dos moradores, mas também requer uma abordagem equilibrada para garantir que a essência da comunidade e o atendimento às necessidades individuais não se percam no processo.
Qual o melhor software para administradora de condomínio?
A gestão condominial moderna exige mais do que nunca uma abordagem tecnologicamente avançada e eficiente.
Administradoras de condomínios estão buscando soluções que proporcionem agilidade, transparência e facilidade na gestão das comunidades.
Para atender a essas demandas, a escolha de um software de gestão condominial torna-se crucial. Aqui estão algumas características essenciais que as administradoras de condomínios precisam observar ao selecionar um sistema de gestão:
Acesso online e móvel
Um software de gestão condominial moderno deve ser acessível em qualquer lugar e a qualquer momento.
Isso significa que os administradores podem realizar tarefas importantes, como verificar relatórios financeiros ou agendar manutenções, tanto em um computador quanto em dispositivos móveis, garantindo flexibilidade e conveniência.
Automatização de tarefas
Um dos principais benefícios da tecnologia é a automação de tarefas repetitivas e demoradas.
Certifique-se de que o software seja capaz de automatizar processos como geração de boletos, registro de despesas e envio de lembretes de pagamento. Isso economiza tempo e reduz erros humanos.
Controle de acesso
A segurança é uma prioridade em condomínios. Certifique-se de que o software ofereça recursos avançados de controle de acesso, como a gestão de senhas e permissões, para garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso a informações sensíveis.
Comunicação eficiente
Uma ferramenta de comunicação integrada facilita a interação entre administradores, síndicos e moradores.
Recursos como notificações por e-mail, mensagens instantâneas e calendários compartilhados podem melhorar significativamente a comunicação interna.
Documentação digital
Adeus à papelada! Um bom software de gestão deve permitir o armazenamento seguro de documentos importantes, como atas de assembleias, contratos e regulamentos, em formato digital, tornando-os facilmente acessíveis pela comunidade e evitando a perda de documentos físicos.
Suporte e treinamento
Um bom relacionamento com a equipe de suporte do software é crucial. Certifique-se de que a empresa ofereça suporte confiável e treinamento para garantir que os administradores saibam como aproveitar ao máximo o sistema.
Atualizações regulares
A tecnologia está em constante evolução. Escolha um software que seja regularmente atualizado para incorporar novos recursos, correções de segurança e melhorias de desempenho.
Relatórios e análises
Por fim, um software eficiente também deve oferecer recursos avançados de geração de relatórios e análises, permitindo que os administradores tomem decisões informadas com base em dados concretos.
Conheça o futuro da gestão condominial: TownSq Administração Digital
Quando se trata de escolher um parceiro tecnológico para otimizar a gestão de condomínios, o TownSq Administração Digital emerge como uma solução excepcional.
Desenvolvido para atender às necessidades específicas das administradoras de condomínios modernas, o TownSq oferece uma gama de recursos e vantagens que o destacam como o parceiro ideal.
Clique no vídeo acima e confira o depoimento do síndico Marcílio e como ele conseguiu reduzir as despesas em 75% no condomínio, sem aumentar a taxa condominial, apenas usando o TownSq Administração Digital.
Com uma plataforma completa e recursos avançados, o TownSq simplifica a complexa tarefa de gerenciar condomínios, permitindo que síndicos e administradoras atinjam novos níveis de excelência na gestão condominial.
Conheça agora a plataforma e descubra o futuro da gestão condominial. Inscreva-se no formulário:
Você é o síndico do seu condomínio e está lidando com a questão do aluguel por temporada?
Se sim, saiba que seu papel desempenha um papel fundamental na garantia da harmonia e conformidade com as leis durante essas locações temporárias.
Antes de autorizar qualquer aluguel por temporada, é crucial entender completamente como essa prática funciona e quais são as responsabilidades legais associadas a ela.
Neste texto, vamos explorar o universo do aluguel por temporada em condomínio. Prepare-se para obter um conhecimento sólido sobre como gerenciar essa modalidade de hospedagem e manter a paz e a ordem em seu condomínio. Continue lendo!
O que é o aluguel por temporada em condomínio?
O aluguel por temporada em condomínio é uma alternativa de hospedagem que permite que você alugue uma unidade dentro de um condomínio ou resort por um curto período de tempo, geralmente por alguns dias ou semanas.
Essas unidades podem variar de apartamentos a casas de férias e são completamente mobiliadas e equipadas com todas as comodidades necessárias para uma estadia confortável.
Os condomínios geralmente oferecem áreas comuns, como piscinas, academias, restaurantes e segurança 24 horas e, portanto, apresentam uma vantagem para condôminos que desejam ganhar um dinheiro extra ou para visitantes que desejam alugar o local por um período curto de tempo, mas ainda usufruindo dos benefícios de um prédio.
Como funciona o aluguel por temporada em condomínio?
O aluguel por temporada é regido por uma série de regulamentações legais. Isso envolve a legislação que se aplica à locação de bens imóveis, comumente conhecida como Lei do Inquilinato (Lei nº. 8.245/91).
Quando se trata de oferecer hospedagem por temporada, a tipificação e regulamentação dessa atividade são definidas por meio de uma legislação federal, a Lei nº. 11.771/2008, especialmente em seus artigos 23 e 24.
De acordo com essa legislação, qualquer estabelecimento interessado em fornecer hospedagem por período temporário deve atender a determinados requisitos.
Isso inclui a necessidade de:
estar formalmente reconhecido como parte do setor hoteleiro;
possuir um alvará de funcionamento;
e estar registrado em órgãos reguladores relevantes, como a Embratur.
Uma questão que pode gerar dúvidas diz respeito à possibilidade de alugar temporariamente um imóvel que faça parte de um condomínio.
A resposta a essa pergunta é afirmativa. Mesmo que a assembleia geral do condomínio tenha decidido proibir essa prática, é importante destacar que tal proibição não pode ser aplicada, uma vez que isso iria de encontro ao direito de propriedade, princípio fundamental consagrado no Código Civil Brasileiro.
E quanto ao AirBnb nos condomínios?
A regulamentação do aluguel por meio de plataformas como o Airbnb no Brasil ainda é um tema em desenvolvimento, com poucas leis específicas em nível nacional.
No entanto, existem iniciativas em diferentes níveis de governo e jurisdições para lidar com essa prática crescente. Abaixo, destacamos algumas das principais ações e legislações relacionadas ao Airbnb no Brasil:
Projeto de Lei no Senado (PL 2474/2019)
Este projeto de lei, proposto pelo Senador Ângelo Coronel (PSD-BA), visa regulamentar o aluguel por temporada em plataformas como o Airbnb.
De acordo com o PL, a prática seria possível apenas se houver concordância do condomínio onde a unidade está localizada. Isso significa que, se o condomínio não aprovar, a locação por temporada não seria permitida.
Lei Complementar 99/2017 de Caldas Novas (GO)
A cidade de Caldas Novas, em Goiás, foi pioneira ao aprovar a Lei Complementar 99/2017, que regulamenta os aluguéis por temporada realizados por meio de plataformas como o Airbnb.
Essa lei exige que os proprietários e as plataformas recolham o Imposto Sobre Serviços (ISS) e sigam as regras da lei geral do turismo. Além disso, o Código de Defesa do Consumidor passa a definir os direitos dos locatários.
Decisão da Quarta Turma do STJ
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou uma decisão significativa em relação a um caso envolvendo o Airbnb no Rio Grande do Sul. Essa decisão, que ainda requer análise detalhada, pode ter implicações importantes para o entendimento da regulamentação do Airbnb em âmbito nacional.
É importante ressaltar que as regulamentações e leis relacionadas ao aluguel por temporada em plataformas como o Airbnb podem variar de acordo com a localização geográfica e estão em constante evolução.
Portanto, é fundamental que proprietários e locatários estejam cientes das regulamentações específicas em vigor em sua área de atuação e consultem um advogado especializado em direito imobiliário, se necessário, para garantir o cumprimento das leis aplicáveis.
Qual são as vantagens do aluguel por temporada?
O aluguel por temporada é uma modalidade de hospedagem que tem conquistado a preferência de viajantes e proprietários de imóveis em todo o mundo. Essa opção oferece uma série de vantagens notáveis para os condôminos que compartilham o espaço e, é claro, para aqueles que estão alugando. Veja:
Renda adicional: Alugar uma unidade por temporada pode gerar uma fonte de renda adicional para o proprietário, ajudando a compensar os custos de hipoteca, condomínio e manutenção;
Flexibilidade de uso: O proprietário pode usar a unidade quando desejar, reservando períodos de tempo para uso pessoal e, em seguida, disponibilizando-a para aluguel nas datas disponíveis;
Maior controle: Em comparação com contratos de locação tradicionais de longo prazo, o proprietário mantém maior controle sobre sua propriedade e pode monitorar o estado dela com mais frequência;
Potencial de valorização: Ao manter a unidade em boas condições e receber avaliações positivas de hóspedes, a propriedade pode se valorizar ao longo do tempo;
Manutenção adequada: Os aluguéis por temporada normalmente exigem que a unidade seja mantida em boas condições, o que pode resultar em melhor manutenção geral do condomínio;
Acesso a instalações compartilhadas: Os condôminos também podem usufruir das comodidades do condomínio, como piscinas, academia e áreas de lazer, proporcionando um ambiente agradável de convivência.
Principais responsabilidades no aluguel por temporada no condomínio
O aluguel por temporada em condomínios envolve várias partes interessadas, cada uma com responsabilidades específicas a serem cumpridas para garantir um ambiente harmonioso e respeitoso para todos os envolvidos. Aqui estão as principais responsabilidades de cada grupo:
Condôminos
Respeitar as regras do Condomínio: Os condôminos devem cumprir todas as regras e regulamentos do condomínio, incluindo aquelas relacionadas ao aluguel por temporada, se houver.
Manter a tranquilidade: Eles devem garantir que o aluguel por temporada não cause transtornos aos outros moradores, respeitando horários de silêncio e áreas comuns.
Apoiar a gestão: Colaborar com a administração do condomínio, fornecendo informações sobre os locatários temporários quando solicitado e participando de assembleias que discutam questões relacionadas ao aluguel por temporada.
Moradores
Respeitar a privacidade: Moradores que compartilham o condomínio com hóspedes temporários devem respeitar a privacidade desses hóspedes, mantendo distância adequada e evitando intromissões.
Comunicar problemas: Caso surjam problemas relacionados aos locatários temporários, como comportamento inadequado, eles devem relatar essas questões à administração do condomínio ou ao síndico.
Inquilinos (Hóspedes temporários)
Cumprir as regras: Os inquilinos têm a responsabilidade de respeitar todas as regras e regulamentos do condomínio durante sua estadia.
Manter a limpeza: Eles devem manter a unidade alugada limpa e em boas condições, respeitando as políticas de lixo e reciclagem do condomínio.
Respeitar a tranquilidade: Inquilinos devem respeitar os horários de silêncio e evitar perturbações aos moradores permanentes.
Cooperar com a administração: Se solicitado, os inquilinos devem fornecer informações solicitadas pela administração do condomínio.
Síndicos e Administração do condomínio
Aplicar as regras: A administração do condomínio, sob a liderança do síndico, deve garantir que todas as regras e regulamentos do condomínio sejam aplicados de maneira justa e consistente para todos os moradores e inquilinos temporários.
Manter a comunicação: Eles devem manter uma linha de comunicação aberta com os condôminos e, quando necessário, com os locatários temporários.
Gerenciar conflitos: Em caso de conflitos entre moradores e inquilinos temporários, a administração do condomínio deve agir como mediadora e buscar soluções adequadas.
Fiscalização do aluguel por temporada: Se houver regulamentações específicas para o aluguel por temporada, como a necessidade de aprovação do condomínio, a administração deve supervisionar e garantir que essas regulamentações sejam cumpridas.
Para manter um ambiente de convivência agradável em condomínios que praticam o aluguel por temporada, é fundamental que todas as partes envolvidas desempenhem suas responsabilidades de maneira consciente e respeitosa.
O diálogo aberto e a cooperação são essenciais para garantir uma experiência positiva para todos os moradores, condôminos e inquilinos temporários.